
- October28
-
Espinhaço – Moeda + Cipó
Considerada a única cordilheira do Brasil, o Espinhaço se estende por mais de 1.000 quilômetros nos Estados de Minas Gerais e Bahia. Passando por Mata Atlântica, Cerrado e Caatinga, destaca-se por ser um dos maiores centros de endemismos do planeta e é, portanto, um dos melhores e mais procurados destinos para turismo de observação e fotografia de natureza. Nessa viagem levamos o observador de aves Eduardo de Lima e sua esposa Angela, pela porção Sul da cadeia, com destaque para as Serras da Moeda e do Cipó.
Nossa primeira localidade visitada foi aos 1.450m de altitude no alto da Serra da Moeda, em Brumadinho/MG. Logo no início um joão-teneném rendeu os primeiros cliques. Bichinho geralmente complicado, saiu da brenha sem muita enrolação. Alguns metros depois o pequenino sebinho-de-olho-de-ouro também resolveu aparecer bem limpinho.
Já na parte mais alta da trilha, os achados ficaram por conta do papa-moscas-de-costas-cinzentas e do rabo-mole-da-serra que, como sempre, facilitou bastante nossa vida.
Seguindo em buscas dos bichos dos campos cerrados, os próximos encontrados foram a desconfiada corrupira-do-campo e o belíssimo tapaculo-de-colarinho.
Para encerrar a manhã com chave de ouro, foi a vez da maxalalagá dar seu show e proporcionar lindas imagens. Com uma luz perfeita, foi só aguardar e melhor chance e fazer os registros. Ficou fora do capim um bom tempo, comendo larvas e cupins.
Encerramos cedo e fomos diretamente para a Santana do Riacho/MG. Fizemos uma rápida parada para o almoço e seguimos para o distrito de Lapinha da Serra. Restava ainda alguns minutos de luz e aproveitamos para já colocar na lista de lifers o endêmico pedreiro-do-espinhaço. No caminho um curioso cochicho parecia também querer ser fotografado. Encerramos nosso primeiro dia e seguimos para a pousada para descansar.
Acordamos ainda de madrugada e fomos presenteados com o delicioso café madrugador da cacpichosa Zelda, da Pousada Villa Madorna. O característico forte e gelado vento da Lapinha fazia presença quando começamos a desbravar os campos rupestres. Seguimos diretamente em busca de uma das mais desafiantes espécies daquele lugar, o lenheiro-da-serra-do-cipó. Para variar nos exigiu alguma paciência e muita dedicação. Após bastante esforço físico para chegar até um dos territórios do bich, finalmente conseguimos as imagens que queríamos. Como sempre um lifer a ser muito comemorado. Durante toda a manhã procuramos pelo beija-flor-de-gravata-verde, masnão tivemos sucesso. Os poucos que vimos de passagem não deram chance para foto.
No dia seguinte visitamos uma área de campo sujo e lá encontramos uma bichoita e um belíssim campainha-azul. Naquele mesmo local também avistamos algumas bandoletas e um bando de suiriri-cinzento.
Próximo dali, agora em uma matinha ciliar, conseguimos imagens do sebinho-de-olho-de-ouro, tico-tico-de-bico-amarelo e da mariquita.
Eu ainda não tinha desistido de encontrar o beija-flor-de-gravata-verde. Sair do Cipó sem ver esse bicho é tortura demais. Aproveitei então o restante do tempo que tínhamos e retornamos um dos possíveis pontos e após algum tempo de espera, a recompensa. Um jovem macho finalmente apareceu e permitiu bons avistamentos e algumas imagens.
Encerramos nosso passeio com excelentes resultados e com os mais importantes lifers da lista muito bem fotografados. Agradecemos aos nossos clientes pela confiança e aos nossos parceiros pelo importante apoio.
Até a próxima,
EDU FRANCO
- Posted by Eduardo Franco
- 0 Comments
COMMENTS